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#RetrospectivaLEME: resistência negra no esporte

O racismo é um assunto que quase sempre está na pauta do esporte. Mesmo que alguns considerem que atos racistas não existam mais, o que vemos no dia a dia é algo bastante diferente. Neste post, vamos destacar produções do LEME em que este assunto foi abordado.

Racismo e esporte
No episódio 19 do Passes & Impasses, discutimos o tema com a ajuda de dois convidados especiais. O ex vice-presidente de Comunicação do Flamengo, Wellington Silva e o jornalista e pesquisador Emerson Esteves. Durante o programa, tratamos de recentes casos de racismo no cenário esportivo.

Black Lives Matter
Em 2020, o movimento conhecido como Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) ficou novamente em evidência, principalmente após os acontecimentos nos EUA envolvendo George Floyd e Daniel Prude, ambos assassinados. Diversos atletas expuseram sua indignação e realizaram protestos para homenagear essas vidas ceifadas brutalmente. A pesquisadora Karla Ehrenberg escreveu um texto para o blog do LEME abordando esses protestos e sua relação com o marketing social das empresas.

Racismo fora das quatro linhas
No texto de Emerson Esteves, o pesquisador aborda um tema pouco questionado. O racismo no futebol fora do campo, mais precisamente no setor administrativo e em cargos de liderança e comando. Exemplo disso é que, em outubro de 2020, não tínhamos treinadores negros no comando dos times da elite do futebol brasileiro.

Negros na natação
Em setembro de 2020, foi ao ar uma reportagem no Esporte Espetacular que mostrou como ainda é escassa a participação de atletas negros nas piscinas. Segundo a reportagem, desde 1920, primeira Olimpíada em que o Brasil participou, tivemos apenas 10 nadadores negros. A partir dessa matéria, André Tavares, em seu texto para o blog do LEME, explorou esta questão, ressaltando a importância da discussão social sobre ela.

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O ano do basta: a luta antirracista no esporte

Claro que o ano de 2020 será eternamente marcado pela pandemia que trouxe o caos para todo o Planeta Terra. Também lembraremos a crise econômica gerada justamente pela desagradável presença do vírus, com toda a certeza. Por outra perspectiva, recordaremos de algo que nos encheu de orgulho nesses 365 dias de puro sofrimento: a luta antirracista no esporte.

Em 8 de dezembro de 2020, mais uma situação completamente deplorável envolvendo preconceito racial chamou a atenção de todos. Porém, desta vez, o desfecho não foi a passividade, como estamos (infelizmente) acostumados a ver. Na ocasião, jogadores de Istanbul Basaksehir e Paris Saint-Germain abandonaram a partida entre os dois clubes, pela UEFA Champions League. Segundo Pierre Webó, camaronês da comissão técnica do time da Turquia, o quarto árbitro Sebastian Colţescu, nascido na Romênia, pronunciou uma fala racista.

O insulto, em qualquer circunstância, já é lamentável por si só. Vindo de uma autoridade, a situação fica ainda pior. Por isso, a atitude de reação dos atletas de PSG e Istanbul Basaksehir merece ser aplaudida e divulgada. A Liga dos Campeões Europeus é, simplesmente, a maior competição de clubes do mundo e a repercussão foi enorme em todos os continentes. Com a decisão (rebelde, porém sensata), os jogadores mostraram que o preconceito já não é somente repudiável, mas também intolerável.

Fonte: https://oglobo.globo.com/

Neste mesmo ano de “vinte-vinte”, os jogadores da NBA deram exemplo de como as grandes personalidades podem e devem se posicionar diante do racismo e de qualquer outra forma de discriminação. Trazendo para a Fórmula 1, como não citar Lewis Hamilton, heptacampeão mundial? Podemos afirmar que ele é a própria personificação do combate antirracista, não acham? Parece que os jogadores de futebol, esporte mais popular do mundo, também se conscientizaram do papel fundamental que têm para colaborar com a luta antirracista.

Que esse ano de 2020 tenha nos mostrado o lado certo a se estar e a importância de não ficarmos calados diante da injustiça. Não podemos minimizar esse problema que se alastra pela humanidade há milhares de anos e é completamente inaceitável. Já chega de tanta falta de empatia. Ninguém é melhor do que ninguém. Por quanto tempo ainda teremos que dizer o que já é óbvio por natureza? Somos todos seres humanos. Somos todos Homo sapiens. Estamos cansados de tanto ódio! Será que já não passou da hora de experimentarmos viver o amor?

Dizer não ao preconceito: essa é a nossa obrigação.

Fonte: https://movimentorevista.com.br/

Fonte:

Globo Esporte