Você não me conhece, mas nas últimas sete décadas você esteve presente em quase todos os meus pensamentos sobre futebol, em muitos dos meus sonhos – e pesadelos –, em boa parte de meu imaginário saudoso sobre tempos que não necessariamente eu vivi.
Logo, você jamais será indiferente a mim.
Eu havia de escolher, pois, se você seria meu inimigo ou meu amigo.
E vejo-me obrigado a confessar que por anos eu não desejei menos do que a primeira das opções. Odiá-lo com ímpeto, com cegueira e dor, com fúria e tristeza, com a ignorância típica daqueles que odeiam, apenas pelo bel prazer de descontar em alguém toda a minha incompreensão sobre um dia que existiu justamente para ser incompreendido.
Mas tem uma força dentro da gente, que por falta de condições de nominá-la aqui chamarei de “maturidade”, que nos faz mudar de opiniões, compreender melhor a vida, olhá-la por outros ângulos.
De forma que o ódio virou admiração. A inimizade virou respeito. O pavor virou beleza. A dor virou amor. A tragédia? Bom, tragédia é tragédia. Continuará sendo para sempre. Mas já consigo enxergar aquele dia como um dos mais belos e indescritíveis da história do futebol.
E é justo por isso que estou aqui a te pedir para ser aceito como amigo.
Eu sei, precisou-se de todo este tempo de hiato para que eu admitisse a ti a beleza de tuas pernas, de teu gingado, de tua força, de tua habilidade, de tua velocidade, de teu gol.
Perdoe-me por isso, amigo. E que não seja tarde. Que do olimpo, da eternidade, do além onde os craques viram deuses, você não guarde mágoas de um tolo como eu.
Hoje já consigo assistir aquele gol sem chorar, ainda que o coração insista em acelerar, numa busca insana por mudar a direção da bola, por absolver o velho Barbosa, condenado para sempre por uma culpa que não deveria ser dele.
Desculpa o devaneio, Ghiggia, querido. Como te disse, e repito agora, já consigo ver todo o esplendor do lance, mas ele não deixa de ser trágico e asfixiante por causa disso.
Mas eis que estamos aqui a lembrar dos 70 anos daquele dia inexprimível.
Num 16 de julho como hoje, mas em 1950, no saudoso Estádio Municipal, o conceito de “instante” foi modificado para sempre.
Que dia impressionante de se resgatar, meu amigo. Parabéns por ele. Você, Obdúlio, Máspoli, Schiaffino e todos os seus companheiros merecem os louros.
A propósito, amigo, se me permitir mais uma indelicadeza neste momento, anseio em falar algo mais. Em compartilhar contigo algo que me assombra justamente sobre o dia de tua morte.
Porque, se há uma coincidência que me arrepia toda vez que a percebo é o fato de você ter morrido na exata mesma data do Maracanazo que tu foste protagonista. Pois hoje é dia de sentir em toda a sua profundidade não só os 70 anos da final da Copa de 1950 e do bicampeonato mundial do Uruguai, mas também os cinco anos da morte do homem que tornou aquele momento eterno.
Aliás, uma última questão.
Desculpe-me de verdade por nós brasileiros, que temos a péssima mania de preferir nos culpar a admitir a superioridade adversária. Mas hoje sei que, acima de tudo, foi uma conquista que a brava e heroica Celeste fez por merecer.
No dia 16 de julho de 1950, com a presença de mais de 200 mil pessoas, o Brasil se calava diante dos gols de Shiaffino e Ghiggia, no Maracanã, construído especialmente para a Copa do Mundo. O Brasil era então vice-campeão mundial, perdendo a partida final para o Uruguai.
A data emblemática para a história do nosso futebol foi relembrada pela agência de notícias France Presse – AFP. Procurado pelo jornalista Pau Ramirez, o professor Ronaldo Helal, coordenador do Leme, foi entrevistado para a matéria. Helal explicou o que representa o Maracanazo para a nossa história e a notícia está em vários sites em Bangladesh, Brasil, EUA, Espanha, Croácia e França, dentre eles Dhaka Tribune, Yahoo Sports, Estadão, Isto é, France24, Glasistre e Le 360° Sport.
Gisella de Araújo Moura, Bernardo Buarque de Hollanda, Luiz Antonio Simas, Vivian Fonseca, Juca Kfouri e Marcelo Barreto – é com este timaço que o LEME (Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte), sob a coordenação do professor Ronaldo Helal, começa a contar para o seu Seminário Internacional Maraca 70.
No dia 6 de outubro, às 16h, sob a mediação de Álvaro do Cabo, teremos na mesa virtual “O Maracanã na literatura e na arte” Gisella de Araújo Moura, professora e autora do livro O rio corre para o Maracanã. Ao seu lado, dois craques: o professor e historiador da FGV, especialista em estudos relacionados aos modos de torcer, Bernardo Buarque de Hollanda, e o também professor Luiz Antonio Simas, autor do livro Maracanã: uma biografia.
No dia seguinte, no mesmo horário, com moderação de Leda Costa, teremos a mesa “Maracanã: patrimônio cultural e palco de megaeventos”, com a escalação confirmada de Vivian Fonseca, professora e pesquisadora plena do CPDOC – FGV e professora adjunta da UERJ.
Já às 18h30 é a chegada a hora da nossa mesa de encerramento. A tabelinha fica por conta do ex-editor da Revista Placar, Juca Kfouri, e do apresentador do Redação Sportv, Marcelo Barreto, sob a mediação do professor Ricardo Freitas, vice-diretor da Faculdade de Comunicação da UERJ.
Para acompanhar toda a nossa programação, siga o @lemeuerj nas redes sociais e se inscreva em nosso canal no Youtube. É por lá que iremos transmitir nosso seminário.
Lembramos que encontram-se abertas, até o dia 31 de julho, as chamadas de resumos expandidos para apresentação no evento. Mais informações na aba Maraca 70 aqui no blog.
O tema do nosso décimo oitavo episódio é “Maracanã 70 anos”. Com apresentação de Filipe Mostaro e Mattheus Reis, recebemos o professor, historiador, botafoguense e escritor Luiz Antônio Simas, vencedor do prêmio Jabuti 2016.
Dessa vez, além do episódio principal, gravamos também um complemento, o “Prorrogação”. Sabe quando aquele jogo tá tão bom que a gente não quer que acabe? Pensando nisso, tivemos a ideia de criar esse episódio extra. Agora, toda vez que um tema render novas análises, você poderá se aprofundar ouvindo o Prorrogação. Esperamos que gostem!
O podcast Passes e Impasses é uma produção do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte em parceria com o Laboratório de Áudio da UERJ (Audiolab). O objetivo do podcast é trazer uma opinião reflexiva sobre o esporte em todos os episódios, com uma leitura aprofundada sobre diferentes assuntos em voga no cenário esportivo nacional e internacional. Para isso, contamos sempre com especialistas para debater conosco os tópicos de cada programa.
Você ama esporte e quer acessar um conteúdo exclusivo, feito por quem realmente pesquisa o esporte? Então não deixe de ouvir o nosso décimo oitavo episódio do Passes & Impasses.
No quadro “Toca a Letra”, a música escolhida foi “Peguei um ita no Norte” na voz do intérprete Quinho.
Passes e Impasses é o podcast que traz para você que nos acompanha o esporte como você nunca ouviu.
Coordenação Geral: Ronaldo Helal
Direção: Fausto Amaro e Filipe Mostaro
Roteiro: Ana Carolina Souza e Carol Fontenelle
Produção: Marina Mantuano e Fausto Amaro
Edição de áudio: Leonardo Pereira (Audiolab)
Apresentação: Filipe Mostaro e Mattheus Reis
Convidado: Luiz Antônio Simas
Crédito da imagem da capa: Globoesporte.com
O Estádio Mário Filho, um dos mais importantes palcos do esporte mundial, fez 70 anos. Sete décadas de história e de muitas histórias.
Se aqui chegasse um extraterrestre, vindo de outra galáxia, sem qualquer informação sobre o que é o futebol, será que conseguiríamos explicar a ele a importância daquela construção com um retângulo gramado e um monte de assentos em volta? Provavelmente sim. Mas e se tentássemos expor a ele a relevância emocional daquele gigante de concreto para milhões de pessoas que ali estiveram, munidos de camisas, bandeiras e paixões? Aí, certamente, a resposta teria que que ser negativa.
Não que uma coisa exclua a outra. Vários historiadores e jornalistas já se dedicaram a contar a história desse estádio inaugurado nos anos 1950, para ser a principal sede da quarta Copa do Mundo da FIFA e, de quebra, se tornar o maior do mundo.
Um dos trabalhos mais consistentes sobre toda a trajetória até a inauguração do Estádio Municipal é O Rio corre para o Maracanã, da historiadora Gisella de Araujo Moura[1]. O livro narra desde a aceitação do Brasil para sediar a Copa até o Maracanazo, a final trágica para os comandados de Flávio Costa e toda a torcida brasileira.
foto: reprodução da capa do livro de Gisella de Araujo Moura
Não foi um caminho tranquilo, como nos mostra Gisella. A localização, por exemplo, gerou uma briga político-midiática protagonizada pelo vereador Carlos Lacerda, que queria que o estádio fosse erguido no distante bairro de Jacarepaguá, e o jornalista Mário Filho, defensor do terreno do antigo Derby Club, ao lado da linha férrea e muito mais acessível à população. Aliás, Mário Filho e seu Jornal dos Sports encamparam totalmente a briga pela construção do “Gigante do Maracanã”, desde seu início. Nada mais justo, portanto, que o estádio ganhasse seu nome. Em uma crônica ufanista, o jornalista definiu o que significava, para ele e para o País, tal obra: “Hoje o estádio é o mais novo cartão-postal do Brasil. Um cartão-postal que vale mais do que o Pão de Açúcar, do que o Corcovado, do que a Baía de Guanabara, porque é obra do homem. Uma prova da capacidade de realização do brasileiro…”.
A importância de um livro assim é também trazer as histórias que a história não conta como, por exemplo, a do busto de bronze do General Mendes de Morais que o próprio, então prefeito da cidade, mandou instalar em frente ao Estádio Municipal (Ele sonhava que a construção ganhasse seu nome. Após a derrota para o Uruguai, torcedores revoltados trataram de fazer naufragar qualquer esperança do político. Seu busto foi derrubado pela multidão. Há quem diga que foi parar dentro do Rio Maracanã).
Busto do prefeito Mendes de Morais (foto: O Rio corre para o Maracanã)
A trajetória do Maracanã também pode ser contada através de seus eventos mais marcantes, jogos nos quais drama e êxtase se misturam, mas também por meio da trajetória dos grandes ídolos que ali fizeram seu maior palco. Sem esquecer dos personagens que tiveram seus parcos minutos de fama, como o pequeno Jacozinho, que entrou de penetra no jogo da despedida de Zico e fez até gol com passe de Maradona, em 1985, [2] ou do jovem Cocada, jogador vascaíno que saiu do banco para decidir o título carioca de 1988 contra o Flamengo e ser expulso minutos depois[3].
Jacozinho e Maradona no vestiário do Maracanã (foto: reprodução de TV)Cocada e sua comemoração (foto: reprodução de TV
E não podemos também esquecer dos eventos que transcendem a esfera esportiva, como eventos religiosos (o Papa João Paulo II rezou missa no estádio) ou musicais. Foi no Maracanã que aconteceu o maior show da carreira de Frank Sinatra. Em sua única vinda ao Brasil, cantou para 170 mil pessoas.
Frank Sinatra no “maior do mundo” (foto: Editora Abril)
Na busca de contar a história do Estádio Mário Filho, através de suas partidas de futebol mais marcantes, os jornalistas Roberto Assaf e Roger Garcia escreveram o livro Grandes jogos do Maracanã, 1950-2008 [4]. Foram selecionados 62 confrontos envolvendo a Seleção Brasileira, a Seleção Carioca, os principais clubes do Rio (América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) e o Santos, que ali conquistou dois títulos mundiais. Os critérios para a escolha dos jogos foram estabelecidos pelos próprios autores.
foto: reprodução da capa do livro Grandes Jogos do Maracanã
Só que um livro assim rapidamente fica desatualizado, afinal o estádio continua “vivo” e, de 2008 a 2020, muita coisa aconteceu por lá. Algumas partidas emblemáticas como as conquistas da Copa das Confederações, em 2013, e a do Ouro Olímpico, em 2016, certamente teriam que ser incluídas em uma nova edição.
Nenhum apaixonado por futebol pode negar que o Maracanã tem mística própria, mesmo depois de sua completa remodelação para a realização da Copa do Mundo de 2014. É uma espécie de segunda casa do torcedor e dos jogadores também. No prefácio do livro de Assaf e Garcia, intitulado “A casa de todos nós”, o tricampeão mundial Gérson de Oliveira Nunes, fala exatamente sobre isso:
O Maracanã está intimamente ligado à minha trajetória. Comecei a frequentá-lo aos nove anos de idade, quando meu pai me levou para ver o jogo em que o Brasil goleou a Espanha por 6 a 1, quatro gols de Ademir Menezes, na Copa do Mundo de 1950. Da arquibancada, e depois dentro do próprio campo, tive privilégio de acompanhar meus mestres do futebol, Jair da Rosa Pinto, Zizinho e Didi. Ali, ao longo da carreira, colecionei vitórias e títulos, por clubes e pela Seleção Brasileira, jogando contra e ao lado dos maiores craques da história…
Mas também há um outro enfoque para narrar a história do Maracanã: por meio da visão de seu público. Não há a menor dúvida de que cada um torcedor que tem uma história do estádio toda própria, baseada em suas experiências, vivências e emoções. É o que se chama de micro-histórias.
De acordo com os pesquisadores italianos, Carlo Ginzburg e Giovanni Levi, um fato histórico não pode estar restrito apenas a sua abordagem tradicional, com uma visão macro. As micro-histórias (microstorie) trazem um detalhamento que engrandece a compreensão dos acontecimentos. Por exemplo: o depoimento de um “pracinha” que esteve no front de batalha italiano durante a Segunda Guerra Mundial não apenas enriquece a história da ofensiva da Força Expedicionária Brasileira, como a humaniza.
No futebol, também é assim, em um mesmo jogo, milhares de micro-histórias podem ser contadas. Algumas terão maior ou menor relevância na história de vida de cada um e às vezes até na do próprio espetáculo, como no caso da “fogueteira” Rosenery, que poderia ter tirado o Brasil de uma Copa do Mundo[5].
O sinalizador lançado pela torcedora e a farsa de rojas (foto: O Globo)
Em tempos de Internet, as lembranças de alguns jogos que nos marcaram podem ser revisitadas com áudio e vídeo, a qualquer momento. Gols que antes viviam só no imaginário podem ser revistos com uma breve busca no YouTube. E a discussão sobre lances polêmicos, não está mais restrita apenas a versões de testemunhas oculares da história, já que podem ser assistidos em diversos ângulos, com tira-teimas e até com o auxílio do VAR. Mas, antigamente, não era assim.
Há alguns meses recebi de presente de uma amiga uma herança muito especial deixada por seu irmão. Flávio César Borba Mascarenhas era botafoguense, mas também um apaixonado pelo bom futebol e a prova disso é a coleção de ingressos do Maracanã que guardava com carinho. Jogos de diversos clubes assistidos por ele. Guardar aqueles pequenos pedaços de papel foi a forma que Flávio encontrou de eternizar seus momentos especiais dentro daquele estádio. Gatilhos de memória e cada um deles com uma micro-história toda sua.
O acervo tem ingressos de vários formatos, de acordo com cada época, e nele constam algumas preciosidades como o da partida que garantiu a classificação das “Feras do Saldanha” para a Copa do México. Uma vitória suada sobre o Paraguai diante de 183.341 espectadores, maior público oficial da história do estádio (dizem que na final de 1950 havia mais de 200 mil pessoas, mas não há uma comprovação).
foto: Acervo Flávio César Borba Mascarenhas
Outra pérola é o ingresso da partida entre Vasco e Santos, no dia 19 de novembro de 1969, quando Pelé, de pênalti, marcou seu milésimo gol. Por 4 cruzeiros novos, Flávio teve a honra de ver a história acontecer diante de seus olhos.
foto: Acervo Flávio César Borba Mascarenhas
Alguns jogos, como o duelo entre a Seleção Carioca e a Seleção Paulista, em setembro de 1967, nada tinham de decisivos, mas eram oportunidades de ver grandes craques em campo. Naquela noite, do lado da Guanabara (a fusão só se deu em 1974) estavam nomes como Manga, Leônidas, Denilson, Gérson, Paulo Borges e Paulo Cézar. Já pelos paulistas, jogaram Carlos Alberto Torres, Rildo, Rivelino, Paraná e Babá. O “Rei”, contundido, assistiu ao jogo do banco de reservas.
fonte: Acervo Flávio César Borba Mascarenhas
Ao mesmo tempo, há ingressos de jogos sem qualquer relevância, como um Botafogo e Bonsucesso, de março de 1970. Uma vitória de 1×0 com um gol marcado pelo meia Valtencir. Os registros da partida eram feitos atrás dos ingressos: placares, autores dos gols, resultados das preliminares e, às vezes, até pequenos comentários, como no caso da partida entre Botafogo e Fluminense, em 13 de agosto de 1969. No verso, está escrito: “Botafogo 1×0 Fluminense! Roberto. Até que enfim!”. Evidentemente fui pesquisar a razão do comentário e o que me pareceu foi que se tratava de um alívio pelo fato do centroavante ter voltado a marcar depois de quase dois meses. Mas, se foi isso mesmo, só o próprio poderia nos contar.
foto: Acervo Flávio César Borba Mascarenhas
Flávio Mascarenhas faleceu em 8 de janeiro de 2015, mas aqui estamos nós, mais de 5 anos depois, “ouvindo” suas micro-histórias. O que seria do Maracanã e do futebol se não provocassem em nós todas essas emoções?
Notas de Rodapé
[1] Moura, Gisella de Araujo. O Rio corre para o Maracanã. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998.
O Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME) informa que, a partir de agora, receberá os resumos expandidos para o Seminário Internacional #Maraca70 em fluxo contínuo. O prazo para envio de textos seria até o dia 30 deste mês, mas, diante do contexto da pandemia, julgamos pertinente alterá-lo. Pelo mesmo motivo, não temos ainda a definição se o evento realmente acontecerá de forma presencial, em 6 e 7 de outubro, se iremos aderir a modalidade online ou ainda se haverá adiamento de data.
Sendo assim, continuamos recebendo resumos expandidos de trabalhos de graduandos, graduados, mestrandos, mestres, doutorandos e doutores, divididos nos seguintes eixos temáticos:
GT1- Esporte, cidade e identidades
O esporte desempenha um papel fundamental tanto na construção quanto na afirmação de uma pluralidade de identidades que atuam dentro e fora de fronteiras territoriais. Essa relação com a territorialidade confirma a necessidade de compreensão do esporte como prática que se entrecruza com o espaço urbano, estabelecendo com ele, uma trama de relações e significados que põe em movimento o jogo das identidades em um contexto de tensionamentos entre o local e o global.
Coordenação: Carol Fontenelle
GT2- Mídia, esporte e representação
A mídia, gradualmente, se consolidou como um importante veículo mediador entre os esportes e o público, participando não apenas da circulação, mas também da produção de um vasto imaginário construído em diálogo com uma série de representações presentes dentro e fora do território esportivo. As representações produzidas são um material cuja análise pode nos possibilitar o acesso às tensões e às contradições dos valores e discursos que estão em jogo.
Coordenação: Álvaro do Cabo
GT3 – Estádios, arenas e os modos de torcer
A diversidade dos modos de torcer fomenta variadas possibilidades de construção identitária de torcedores e torcedoras nas arquibancadas. Essa pluralidade faz do ato de torcer um fenômeno complexo, muitas vezes, contraditório e que faz dele um locus de análise das reações, adaptações e resistência às mudanças ocorridas no cenário futebolístico, sobretudo, em
diálogo com as transformações geradas pelo intenso processo de mercantilização e midiatização dos eventos esportivos.
Coordenação: Irlan Simões
***
Os trabalhos devem ter no mínimo 7.000 e no máximo 12.000 caracteres e necessitam estar no template do evento (clique no link para acessar) e devem ser enviados para o e-mail “seminariomaraca70@gmail.com”. Serão aceitos para análise resumos em Português ou Espanhol e que versem sobre um dos GTs. Não será possível o envio de um mesmo resumo ou de resumos diferentes para mais de um GT.
No prazo de um mês antes do evento, iremos divulgar a lista de resumos aprovados e, para garantir a apresentação presencial dos trabalhos, será necessário o pagamento da taxa de inscrição:
Graduando – gratuito;
Graduados – R$ 20,00
Mestrandos, mestres e doutorandos – R$ 40,00
Doutores – R$ 50,00
Não será necessário o envio de trabalhos completos.
Apenas após a divulgação da lista de resumos aceitos, será necessário efetuar o pagamento da inscrição.
Obs.: Não haverá ajuda de custo para a participação presencial do evento.
Nos dias seis e sete de outubro de 2020, o Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME) irá comemorar o aniversário de 70 anos de inauguração do Estádio Mário Filho, o Maracanã. Para a ocasião, estamos organizando o IV Seminário Internacional do LEME. Na programação, estão previstas: mesas de debates, com a presença de renomados pesquisadores e jornalistas do âmbito esportivo; palestras de atletas que fizeram história neste que já foi o maior estádio do mundo; e ainda a apresentação de trabalhos de pesquisadores de todo o país.
Receberemos resumos expandidos de trabalhos de graduandos, graduados, mestrandos, mestres, doutorandos e doutores de 11 de março até 31 de maio, divididos nos seguintes eixos temáticos:
GT1- Esporte, cidade e identidades
O esporte desempenha um papel fundamental tanto na construção quanto na afirmação de uma pluralidade de identidades que atuam dentro e fora de fronteiras territoriais. Essa relação com a territorialidade confirma a necessidade de compreensão do esporte como prática que se entrecruza com o espaço urbano, estabelecendo com ele, uma trama de relações e significados que põe em movimento o jogo das identidades em um contexto de tensionamentos entre o local e o global.
Coordenação: Carol Fontenelle
GT2- Mídia, esporte e representação
A mídia, gradualmente, se consolidou como um importante veículo mediador entre os esportes e o público, participando não apenas da circulação, mas também da produção de um vasto imaginário construído em diálogo com uma série de representações presentes dentro e fora do território esportivo. As representações produzidas são um material cuja análise pode nos possibilitar o acesso às tensões e às contradições dos valores e discursos que estão em jogo.
Coordenação: Álvaro do Cabo
GT3 – Estádios, arenas e os modos de torcer
A diversidade dos modos de torcer fomenta variadas possibilidades de construção identitária de torcedores e torcedoras nas arquibancadas. Essa pluralidade faz do ato de torcer um fenômeno complexo, muitas vezes, contraditório e que faz dele um locus de análise das reações, adaptações e resistência às mudanças ocorridas no cenário futebolístico, sobretudo, em diálogo com as transformações geradas pelo intenso processo de mercantilização e midiatização dos eventos esportivos.
Coordenação: Irlan Simões
Os trabalhos devem ter no mínimo 7.000 e no máximo 12.000 caracteres e necessitam estar no template do evento (clique no link para acessar) e devem ser enviados para o e-mail “seminariomaraca70@gmail.com”. Serão aceitos para análise resumos em Português ou Espanhol e que versem sobre um dos GTs. Não será possível o envio de um mesmo resumo ou de resumos diferentes para mais de um GT.
Em julho, iremos divulgar a lista de resumos aprovados e, para garantir a apresentação presencial dos trabalhos, será necessário o pagamento da taxa de inscrição:
Graduando – gratuito;
Graduados – R$ 20,00
Mestrandos, mestres e doutorandos – R$ 40,00
Doutores – R$ 50,00
Não será necessário o envio de trabalhos completos.
Apenas após a divulgação da lista de resumos aceitos, será necessário efetuar o pagamento da inscrição.
Obs.: Não haverá ajuda de custo para a participação presencial do evento.
Cronograma
11/03: início da submissão de trabalhos (resumo expandido)
31/05: data-limite para o envio dos resumos expandidos
02/07: resultado das avaliações dos resumos submetidos
04/09: data-limite para o pagamento das inscrições
06 e 07/10: realização do Seminário Internacional #maraca70
Programação Preliminar do IV Seminário Internacional #maraca70
1º dia – 06/10
Manhã – 10h às 12h – Visita guiada ao Maracanã (a confirmar)
Tarde – 14 às 17h – Apresentação de trabalhos acadêmicos
Noite – 18h às 20h – Conferência de abertura – “Narradores do Espetáculo”
2º dia – 07/10
Manhã – 10h às 12h – Mesa “Os artistas da bola e o Maracanã”
Tarde
14h às 15h30 –Mesa “O Maracanã na literatura e na arte”
16h às 17h30 – Mesa “Maracanã: patrimônio cultural e palco de megaeventos”
Noite – 18h às 20h – Mesa de Encerramento
Em breve, divulgaremos mais informações e a programação completa.
Siga o LEME no Instagram e Facebook (@lemeuerj) para ficar por dentro de tudo que estamos organizando para esse evento e outras informações sobre o laboratório.
A edição do jornal O Globo desta última terça-feira (19/12) trouxe uma entrevista com Ronaldo Helal, coordenador do Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte, Fernando Veloso, especialista em segurança, Luiz Antônio Santoro, advogado do Corinthians, Paulo Storani, ex-capitão do Bope, Fernando Segura Trejo, sociólogo da Universidade Federal de Goiás, e Eduardo Carlezzo, advogado.
Os seis entrevistados debateram os incidentes da final da Sul-Americana, uma semana após a realização da partida no Maracanã. Alguns tópicos levantados durante a entrevista foram a elitização no preço dos ingressos, a identificação dos responsáveis pelo tumulto e a possível interdição do Maracanã.
Clique na imagem abaixo para acessar a entrevista completa.
Após a partida final da Copa Sul-Americana, alguns amigos me cobraram uma reflexão sobre o ocorrido no estádio e em seu entorno. Meu filho estava lá e passou por dificuldades ao retornar pela rampa de acesso à estação Maracanã do metrô. Passado o susto, o que podemos dizer do ocorrido? Vandalismo foi a palavra mais… Continuar lendo Futebol, Vândalos e Descontentes
Nada melhor que ter o maior palco do esporte mundial como cenário para relembrar a história do futebol. No último sábado, colecionadores – entre eles alguns que participaram das gravações do documentário “Segunda Pele Futebol Clube”, produzido pelo LEME – e fanáticos por futebol se reuniram no Maracanã para prestigiar a exposição “Relíquias do Futebol”.… Continuar lendo Exposição “Relíquias do Futebol” movimenta o Maracanã em meio à escassez de jogos.