Ao comparar as derrotas mais impactantes da seleção Brasileira na história das Copas do Mundo, Zeca Marques ressaltou as diferenças de repercussão na mídia sobre o “Maracanzo” e o “Mineratzen” assim como os meios de comunicação na atualidade alavancaram a perplexidade do mundo do futebol a cada gol alemão que estufava as redes brasileiras:
“A cobertura imediata após o jogo Brasil 1×2 Uruguai pela imprensa não faz a construção da narrativa que foi desenvolvida a posteriori. As revistas da época não incriminaram o Barbosa, Bigode, Juvenal… e não existe a noção de que aquilo foi uma tragédia. Em 2014, parece que o choque do “7 a 1″ foi simultâneo ao fato. As pessoas puderam acompanhar o jogo pela televisão, pela internet ou rádio. Em 1950, pela incipiência dos meios, se comparados aos tempos atuais, a cobertura não foi tão massiva.”
José Carlos Marques é professor do departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação do campus de Bauru da UNESP e foi um dos quatro pesquisadores entrevistados pelo Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte durante o INTERCOM 2015. Para ver esse e outros vídeos produzidos pela equipe do LEME, é só acessar nosso canal no Youtube.