Adeus ano velho!

Olá, gente! É com satisfação que estou escrevendo para vocês a primeira postagem do ano. Falando em contagem de tempo… não acredito nessa coisa de “ano novo”… que bobagem! Não vai mudar nada! Tanto faz se é o ano de 20114, ou o de 1356… O tempo (e sua contagem) é uma ilusão humana. A única coisa que muda é o número de batimentos cardíacos que nos restam! Falando em coração… Aproxima-se o primeiro dos tais “mega eventos”[i]  que o Brasil sediará: A Copa das Confederações.

Trata-se de um evento recente no calendário esportivo, e sem muito apelo. Foi instituído pela FIFA no ano de 1997, seguindo o modelo pré-existente da Copa do Rei Fahid (Arábia Saudita).

A Copa do Rei Fahid foi realizada em 1992 e 1995, reunindo os 4 campeões continentais: Ásia, África, América do Sul e América do Norte/Central. A Argentina de Gabriel Batistuta, o “Bate-gol”, sagrou-se campeã em 92. Na segunda edição, 1995, foi adicionada a participação do campeão da Europa, a Dinamarca (que veio a conquistar o título).

Já sob os auspícios fiferianos (Ei! Acho que acabo de inventar uma palavra!!!), o torneio aconteceu no mesmo local de antes (Arábia Saudita). A FIFA apenas encampou o conceito já existente. Uma coisa já corriqueira para a entidade Suíça … Vejam o caso da Copa Toyota e do Futebol de Salão, por exemplo.

A FIFA passou a incluir, entre os classificados para a Copa, o atual campeão da Copa do Mundo (caso do Brasil, em 1997) e da Oceania. O Brasil aparece como o maior vencedor do torneio, com três títulos: 1997, 2005 e 2009. Favoreceu-se do fato de ter participado de todas as edições do torneio, desde 1997 (excetuando-se a Copa do Rei Fahid, obviamente). Além de ser o recordista de títulos, também tem o maior número de artilheiros: Romário (7 gols, 1997); Ronaldinho (6 gols, 1999); Adriano (5 gols, 2005); e Luis Fabiano (5 gols, 2009).

Apesar de tamanho êxito, o Brasil jamais havia tido a oportunidade de sediar o evento, que funciona como um “ensaio” para os países-sede das Copas do Mundo. Este ano, como dizia o camisa de vênus… “Agora chegou a nossa vez!” (Simca Chambord, Correndo o risco, 1986)

O Brasil não se classificaria pelos demais critérios, e só participará dessa edição por ser o país sede. Os demais participantes são: Japão (Ásia), Espanha (Mundial), México (América do Norte), Uruguai (América do Sul), Taiti (Oceania) e Itália (Europa).

A partida de estreia será contra os japoneses, em Brasília num tal de Estádio Nacional (confesso que morei em BSB e nunca ouvi falar desse estádio… mas fui algumas vezes no Mané Garrincha. Estádio Nacional que eu saiba, fica no Uruguai, certo?).

A partida final, pros que sobreviverem até lá, será no Maracanã (esse sim, eu conheço um pouco… certo, companheiros uerjianos?), dia 30 de junho. Será que o Brasil terá um time até lá? Não me parece possível, pelo andar da carruagem.

Senão, vejamos os recentes resultados da seleção brasileira:

2011: 16 jogos (9 vitórias, 5 empates, 2 derrotas).

2012, apenas amistosos: 14 jogos (10 vitórias, 1 empate, 3 derrotas).

Os números até parecem bons, mas quando se considera a fragilidade dos adversários:

Brasil 8 X 0 China; Brasil 2 X 1 Bósnia; Brasil 6 X 0 Iraque, Brasil 4 X 0 Japão…

E as dificuldades encontradas frente a inimigos mais organizados (ou nem tanto):

Brasil 1 X 1 Colômbia; Brasil 1 X 0 Africa do Sul; Brasil 0 X 2 México; Argentina 2 X 1 Brasil…

Percebemos o quão distantes estamos de um time confiável. A impossibilidade de disputar as eliminatórias é, em meu parco entendimento, um  complicador nessa preparação para a Copa do Mundo. Mas não se apoquentem, o treinador que rebaixou o Palmeiras está de volta para resolver os problemas e montar um time. Será que dá tempo? Esperemos que sim. Afinal, a esperança é a última que morre, né? (ao que um amigo meu retrucava, sempre: “mas morre!”)… sábias palavras, Mauro.

Bom, como diz a professora do Juquinha (na música do Gabriel Pensador… Estudo Errado)

-Tá falando demais! Assim vou ter que te deixar sem recreio…

Tomara que esse novo ano que se inicia nos traga mais alegrias que tristezas. E bola pra frente!


[i] Reparem que até mesmo a mandatária-mor da Nação referiu-se aos eventos esportivos vindouros, em seu mais recente pronunciamento, em dezembro/2012: Discurso da Dilma

3 pensamentos sobre “Adeus ano velho!

  1. Você tem razão quando fala que o tempo não existe. A existência da contagem de sua passagem tem por objetivo apenas finalidades organizacionais que se aperfeiçoaram com a criação do nosso atual calendário pelo Papa Gregório XIII. É sempre tudo igual e a vida nada mais é do que “um dia após o outro”. Mas acho importante que haja o otimismo, sempre. Essa ilusão de que tudo vá dar certo é o que move a humanidade há séculos. E não podemos negar que a força do pensamento positivo é um grande diferencial nos resultados das mais diversas situações da vida cotidiana.
    Em 2002, a Seleção Brasileira chegava desacreditada à Copa do Mundo, como sempre. Porém, com os fracassos precoces de Argentina e França, o Brasil teve menos dificuldades do que o esperado e, guiado por Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, entre outros, o país conquistou o seu quinto título mundial. Nesse caso pudemos contar, além do positivismo de toda uma nação, também com o fator sorte (ou seria azar dos adversários?? rsrsrs) sempre determinante quando o assunto se refere aos esportes.
    Concordo que está tudo realmente muito desorganizado, como sempre. Mas, a esperança é a última que morre!! Rsrsrsrs. Morre mas bem velhinha. E até lá quem sabe o que pode acontecer até o momento do apito final??
    Legal rever Simca Chambord. Muito bom!! E obrigada pelos votos de mais alegrias em 2013.
    Ilustrando o sucesso/sorte da seleção de 2002.

  2. Bom, primeiramente concordo com sua colocação, no que diz respeito ao ano novo…realmente continua tudo igual é só uma jogada de marketing, para se vender mais e promover o capitalismo e o ego das pessoas…Gostamos disso,rsrs
    Quanto a parte esportiva, a copa das confederações realmente é pouco divulgada, por isso não muito assistida, pelo menos por mim, rsrs, talvez pelo fato de ter a participação de poucos integrantes, o retorno financeiro seja menor, daí o pouco interesse em uma divulgação de grande porte…
    Em relação ao “nosso” time , a”nossa atual seleção”, acho que apesar de termos nomes com “peso”, isto é bons jogadores, hj não vemos mais o empenho “desses” em fazer a nação barsileira se orgulhar do nosso futebol, eles estão mais preocupados é com o retorno financeiro, com o que estão ganhando ou vão ganhar…acabou o amor pela nação, a idolatração pelo futebol,o ganhar a qualquer preço, sermos os primeiros…antigamente, isso era passado para a torcida, até na forma de falar dos jogadores, via-se a emoção, a garra, a determinação…hoje, é tudo tão morno, que quando ouvimos uma entrevista dos jogadores, perecebemos um entusiamo tão baixo, um desestímulo que acaba nos contagiando….vemos isso claramente, quando perguntamos sobre a “seleção”… as pessoas perderam o interesse e a empolgação…acho isso muito triste, pois, o Brasil-o país do futebol…nem uma seleção a altura temos…Cadê nosso orgulho de sermos brasileiros, mostrar nossa raça, futebol, amor pela camisa???? Acabou, tudo corrompido pelo poder financeiro…Mas, faz parte, é o mundo capitalista em que vivemos…Ainda resta a esperança…sempre há esperança…Vamos esperar e ver como será a “nossa seleção ” na copa.

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